Um blog para poder partilhar a minha paixão pela Geografia, pelas viagens, pelo conhecimento da nossa "bolinha azul" ( a Terra)...Que seca (para alguns) não é? Paciência! Se servir para alguém aprender mais qualquer coisa sobre o nosso mundo ou refrescar o conhecimento geográfico ( para evitar bacoradas do estilo "Portugal do Algarve ao Minho tem 600 km de altura") já fico feliz! Pelo menos no Trivial pode vir a dar jeito!LOL E quem sabe se haverá alguns extras pelo meio...Geografemos!

quinta-feira, outubro 19, 2006

Ultramar

Um exemplo recente de luta por Portugal é a Guerra do Ultramar...Desde já afirmo a minha discordância total em relação a esta Guerra que num pais democrático como aquele que conhecemos hoje nunca aconteceria...E aqui está um exemplo de que o nosso país, apesar de todas as dificuldades, tem evoluido positivamente ao longo os tempos!
Ultramar designou, primeiramente, durante o tempo das Cruzadas, a Terra Santa, por se situar do outro lado do mar Mediterrâneo. No período moderno, Ultramar serviu para designar as colónias europeias situadas fora do continente europeu - daí, por exemplo, chamar-se de Guerra do Ultramar à Guerra Colonial Portuguesa (1961-1974), período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné e Moçambique.A expressão guerra colonial está tecnicamente errada já que os territórios ultramarinos portugueses tinham o estatuto de províncias e não de colónias.Estas foram as províncias portuguesas em África no período da Guerra Colonial:



Pela parte portuguesa, a guerra sustentava-se pelo princípio político da defesa daquilo que considerava território nacional, baseando-se ideologicamente num conceito de nação pluricontinental e multiracial. Pelo outro lado, os movimentos de libertação justificavam-se com base no princípio inalienável de auto-determinação e independência, num quadro internacional de apoio e incentivo à luta.
A Revolução dos Cravos em Portugal, a 25 de Abril de 1974, determinou o seu fim. Com a mudança do rumo político do país, o empenhamento militar das forças armadas portuguesas deixou de fazer sentido. Os novos dirigentes anunciavam a democratização do país e predispunham-se a aceitar as reivindicações de Independência das colónias.
Tal como não tenho problemas em afirmar o que é bom no nosso país, também não tenho problemas em manifestar o meu enorme desagrado não só pela Guerra quanto a mim sem sentido ( e que trouxe enormes custos ao cofres de Portugal, com as despesas com a Defesa Nacional a sofrer crescentes aumentos a partir de 1961, com o despoletar dos sucessivos conflitos em África)mas também pelo tratamento que os que combateram tiveram e têm tido no pós-guerra!Muitos morreram, outros ficaram inválidos e a maior parte ficou com traumas de Guerra e nunca teve o apoio necessário para os superar...Embora se tenha verificado alguma tentativa de compensação na última década penso que muito há ainda a fazer, mas pior, já não se pode recuperar o que não se fez atempadamente...
Contudo, e embora discorde da luta que se travou, há que reconhecer e ter orgulho daqueles que durante anos lutaram por uma causa que, apesar de perdida, dizia respeito a todos os portugueses!Muitos foram obrigados a ir, mas não deixaram de lutar por isso!No próximo video pretendo homenagear todos os combatentes ( em especial o meu pai que esteve em Angola e ainda hoje sofre com uma Guerra que foi travada ainda eu não tinha nascido), sendo a música do fundo, para mim, umas das mais belas músicas feitas em Portugal e que muito marcou a minha passagem por Coimbra e me faz recordar principalmente as serenatas..."Verdes anos", por um grande guitarrista e compositor português nascido em Coimbra,Carlos Paredes (“O homem dos mil dedos”),um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa.

4 Comments:

Blogger Vera said...

Isto tudo foi num momento de profunda inspiração, ou tás a querer competir comigo na vertente prosa? ;)

19 outubro, 2006 23:41

 
Blogger Vera said...

Quanto à guerra, nenhuma guerra faz sentido, só se perde...
Quem participa nelas nunca as esquece,fica marcado para sempre, ao contrário dos governantes que dormem descansados da vida, porque não foram combater, nem mandaram para lá os filhos deles...essa é que é essa!

19 outubro, 2006 23:44

 
Blogger Rui_Moura said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

19 outubro, 2006 23:51

 
Blogger Rui_Moura said...

Acho que foi um momento de inspiração e revolta inspirado num documentário que vi há pouco tempo sobre o ultramar e que me despertou ainda mais interesse para a causa...Mas não te admires se qualquer dia estiver a escrever para um jornal;)Bjs para a minha poeta puferida!:)

19 outubro, 2006 23:53

 

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